sábado, 22 de junho de 2013


Situação de Aprendizagem


Texto1: O avestruz, crônica de Mário Prata.
Objetivos:
1- Ler para compreender e conhecer.
2- Ler  para verificar o que se aprendeu.
3- Desenvolver  competências dos Grupos I E II:

  • Localizar informações explícitas e implícitas no texto;
  • Identificar marcas temporais e espaciais.
  • Reconhecer algumas características do  gênero
  • Reconhecer figura de linguagem - personificação.
4- Trabalhar com os diferentes níveis de desenvolvimento dos alunos, a partir de uma mesma proposta. 
Grupo 1= alunos avançados.
Grupo 2 = alunos proficientes.
Grupo 3 = alunos  de nível  básico
Grupo 4+ alunos abaixo do básico.

Público-alvo: 6º ano. 
Tempo previsto: 4 aulas. 


Antes da Leitura:
Atividades de ativação de conhecimento prévio e levantamento de hipóteses - para toda a turma - atividade oral.
Questões:
1- O que é animal de estimação?
2- Como as pessoas escolhem animais  de estimação? Quais são os mais comuns?
3- Quem tem animal de estimação em casa? Que animal é?
3- Quem já viu um avestruz? Em que situação? O que achou do animal?
4- Você escolheria um avestruz como animal de estimação? Por quê?

Durante a leitura:
Grupo 1 e 2 : Leitura Silenciosa, em outro espaço. ( A Sala de Leitura, acompanhados da professora responsável, é uma ótima opção).
Ler, procurando  retirar do texto, as características do gênero já estudadas ( personagens, espaço, tempo, tema tratado). Pesquisar no dicionário as  palavras  que não souberem o significado.
Grupos 3 e 4: Leitura  compartilhada,  sentados em círculos.
Ler para compreender, com a tarefa de identificar personagens - atividade inicialmente oral, mas  com registro em seguida,  procurando em grupo, identificar espaço e tempo e levantar vocabulário.

Após a leitura:
Grupo 1: Explorando outro texto: Leitura da crônica "Macacos me mordam", de Fernando Sabino e análise comparativa entre as  duas crônicas, orientados  por quadro comparativo entre textos.
Questão
Texto 1
Texto 2
Título


Autor


Veículo em que foi publicado


Tema


Personagens


Espaço


Tempo


Em seguida, responder:
Que problema  as personagens tiveram com os animais e como o resolveram?
Produção individual:  Escreva uma crônica em que apareçam pessoas envolvidas em situações  geradas pela presença de animais incomuns.
Grupo 2: As mesmas atividades do Grupo1, com alteração da produção de texto:
Produção de texto individual: Helena foi sorteada  e ganhou um ( escolher um animal de estimação bem incomum). Como foi quando ele chegou em sua casa? Como a família reagiu?
Grupo 3: Leitura  em duplas do texto "Macacos me mordam" e preenchimento do quadro comparativo. Em seguida, leitura de textos com ilustrações de animais incomuns. Seleção de um  para organização de cartazes com  animais  e suas características. Em cada um deve haver um parágrafo  explicando os prós e os contras de se conviver com esse animal.
Grupo 4: Leitura  oral do texto "Macacos me mordam", também em duplas, com preenchimento do quadro comparativo.  Produção de crônica, em duplas. A dupla deve escolher um dos animais que o grupo 3 apresentar e produzir uma narrativa com o tema: Um animal de estimação bem diferente.

Referências:
1- Prata, Mário. Avestruz. 5a. série/6º ano. Vol 2. Caderno do aluno (p.9) e Caderno do professor (p.18).
2- SABINO, Fernando. O HOmem Nu: Crônicas. São Paulo: Cículo do livro,s.d. p 56-58.
Disponível em http://professorfabiozanella.blogspot.com.br/2010/03/em-edicao_8790.html
3- ROJO. Roxane. Letramento e capacidades de leitura para a cidadania.In: EaD/ EFAP. Leitura e escrita em contexto digital - Programa Práticas de leitura e escrita na contemporaneidade.

Observação: Este é um exercício de planejamento de atividade de aprendizagem, ainda  não testado em sala e certamente, com muitas correções  ainda por fazer. Agradecemos seu palpite e colaboração.





Leitura:

Avestruz -  Mário Prata

O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.

Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio. E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave.
A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi.
Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7m para ser mais exato.
           
Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!

Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.

Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM.
Uma avestruz com TPM é perigosíssima!

Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.

Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
            Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz. 




Conversas paralelas







E algumas, do presente.
Convers

quarta-feira, 5 de junho de 2013


História de Leitura
Amo histórias de leitura. Levo para a sala de aula todas que encontro e esse ano já li Felicidade Clandestina, da Clarice, para todas a minhas turmas. 
Não sei bem como comecei a ler, acho que quando fui alfabetizada. Desde então, lia tudo que em caia nas mãos, sem critério nenhum. Minha mãe era parteira e tinha em casa um livro que contava as histórias de uma parteira. Li várias vezes, antes dos 10 anos. A empregada curtia fotonovela. Li todas que me caíram nas mãos. Meu pai comprava revistas masculinas e achava que escondia bem. Li muitas, sem pular nada! Que formação literária espetacular!!! Não posso esquecer da Folha de São Paulo, companheira de todos os dias e uma lindíssima Bíblia das crianças, presente do tio Joel, que eu li, reli e que perdi. (Gostaria muito de tê-la para partilhá-la com meus filhos e netos).
A escola me salvou. A professora me deu o Pequeno Príncipe e começou a me emprestar os livros da biblioteca que eram guardados a sete chaves e mal folheados por nós. Na oitava série, conheci uma professora de português que tinha sua própria biblioteca e que não se importava de que eu fosse lá e pegasse o  que eu quisesse... era um sonho. Li todos os românticos brasileiros naquele ano. 
No Ensino Médio, eu pegava carona para Lorena e frequentava a biblioteca da Fatea. Toda semana pegava um livro e devolvia o anterior. Eu lia nas aulas chatas, lia no banheiro, lia de lanterna quando minha mãe brigava.
A verdade é que  sou viciada, tenho que confessar. Conheço meus limites. Como  já disse Rubem Alves tenho fome, sou devoradora e se começo um  livro, deixo todos os meus outros afazeres em segundo plano enquanto não o termino. Por conta do meu vício, sou obrigada a me manter afastada da leitura no período letivo.
Tenho de confessar que cai em tentação nesse semestre e li "Freddie Mercury,a  Biografia Definitiva", em 5 dias, mesmo trabalhando cerca de 14 horas por dia e que pior, levei-o aos encontros presenciais do curso e li em todos os momentos em que foi possível. É vergonhoso, mas vício, vocês entendem, é difícil de controlar. 
Na cabeceria tenho Grandes Sertões. Esse eu não devora, saboreio cada página, pois é maravilhoso. 
Li toda a saga Crespúsculo, o Percy Jackson, sem contar o Harry Poter e o Senhor dos Anéis. Não encarei ainda os 50 tons e não estou com a menor vontade. Estou lendo uma adaptação das Mil e uma Noites para a minha neta e para os alunos do EJA e do  sétimo ano também. Quem gostou mais foi o pessoal do EJA, seguido da Alice - a neta e em último o pessoal do sétimo ano. Estou pensando ainda se vou trocar a leitura para eles. 
Aqui em casa trocamos livros de presente - tenho três filhos e um marido que também leem -  e na escola particular em que trabalho inventamos o amigo secreto livro para as férias de julho.

Conto depois outros lados dessa história.